Diversidade Cultural Flora Neves

Recuso-me!
Não existem emoções e sentimentos Africanos, emoções e sentimentos Portugueses, emoções e sentimentos Asiáticos, emoções e sentimentos Árabes, etc.
Existem emoções humanas e, quando as pessoas independentemente da sua cor, nacionalidade, religião, opção sexual, partidos, entre outros, são capazes de destilar tanto ódio nas redes sociais, isso diz mais sobre elas próprias do que sobre as pessoas que atacam.
Todos temos o direito e a liberdade de expor as nossas opiniões.
Mas quando essas opiniões destilam ódios, preconceitos, xenofobia e ofensas gratuitas, quem deve ser alvo de escrutínio é quem as expressa.
Recuso-me a fazer parte de qualquer grupo, seja ele qual for (Branco ou Negro), que instigue ao ódio e a intolerância de qualquer espécie.
Recuso-me a julgar pessoas em função apenas da etnia, da cor da pele, da nacionalidade, orientação sexual, etc.
Recuso-me a ver em todos aqueles que pensam diferente de mim um inimigo, desde que, ao defenderem as suas posições, não destilem ódios, não partam para ofensas pessoais ou humilhem o outro.
Recuso-me a escolher pessoas, partidos, ideologias que causem divisão entre os seres humanos e, que não construam pontes de diálogo.
Recuso-me a seguir toda e qualquer ideologia que generalize, hierarquize, discrimine seres humanos apenas por terem o tom de pele diferente ou igual ao meu.
Não tomo partido de ninguém simplesmente por termos o mesmo fenótipo, se essa pessoa destila ódio contra outras pessoas.
A sociedade, quem a faz, é cada um de nós.
Não temos apenas direitos, temos também obrigações e responsabilidades.
As opiniões, se carregarem ódio não são sinónimo de liberdade de expressão ou de democracia, são antes o reflexo do estado emocional de quem as exprime.
Deixo um pensamento final, de Nelson Mandela
“ Lutei contra a dominação branca, lutei contra a dominação negra. Acalentei o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver e ver realizado. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer”

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