Silêncios

Enquanto vivemos é crucial aprendermos a estar sós.
É vital gostarmos da nossa própria companhia.
O desafio não é estarmos envolvidos na agitação da vida, no corre-corre dos nossos projetos pessoais e familiares.
O desafio é o silêncio ensurdecedor da nossa própria companhia.
O estarmos sós no nosso silêncio mais profundo em que, verdadeiramente somos, onde não há preocupação de parecer, de agradar, do faz de conta, simplesmente sermos.
No silêncio onde somos capazes de nos escutar a nós mesmos, de olhar verdadeiramente para o que nos incomoda, o que nos magoa, para os problemas, para as decisões há muito adiadas…
No silêncio onde nos confrontamos com as escolhas feitas ao longo da vida.
Estar em silêncio é desafiante, nem sempre somos capazes de o fazer.
A agitação da vida, muitas vezes, ajuda a camuflar o que há muito não nos serve mais.
A agitação da vida, o corre-corre ajuda a suportar o que já não faz sentido, tantas vezes há anos a fio.
A nossa existência é demasiado curta para que fique marcada única e exclusivamente pelas coisas que já não nos servem mais, mas que teimamos em não deixar ir…
Suportar porquê?
Suportar para quê?
Não entregues a responsabilidade da tua felicidade a ninguém.
Encontra-te nos teus silêncios!

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